Hoje em dia se fala muito do autocuidado relacionado com os cuidados com a pele, e muita gente acredita que autocuidado é fazer um skincare completo 2x ao dia com vários produtos. Não que esse tipo de cuidado pessoal não seja importante, mas se cuidar vai muito além disso, principalmente porque o assunto Skin Care pode vir relacionado à uma cobrança e necessidade extrema de se cuidar mais em busca da pele e “aparência perfeita”.

Cuidar de si não significa fazer apenas algo que gosta, muitas vezes exige comprometimento, dedicação e constância, isso porque são práticas que em sua maioria envolve o nosso bem-estar físico e emocional e nem sempre é fácil preservá-los, né?

As atitudes de autocuidado que tomamos tem o objetivo de nos deixar mais felizes. Elas não são práticas definidas ou imutáveis, e nem devem ser uma imposição. Cada um sabe a melhor forma de conseguir resultados prazerosos e de satisfação dentro daquilo que faz sentido para você.

Muitas vezes o autocuidado se transforma em auto apreciação, por isso é importante refletir sobre os momentos que você se olha no espelho e gosta do que vê, quantas vezes aprecia seu interior e se sente bem com o que você é e como enxerga as coisas a sua volta. Não vamos nos sentir plenamente feliz o tempo todo e tudo bem, mas é válido contemplar esses aspectos e avaliar em que ponto podemos melhorar.

Separamos algumas dicas de autocuidado que podem ajudar a cultivar o amor próprio, se sentir em paz consigo mesmo e com os outros aspectos da sua vida.

Busque o auto conhecimento

Reflita mais sobre você, seus gostos, suas metas, seus sonhos e sua vida no geral. É muito válido listar aquilo que você busca e quer pra você e o que você não quer também. Estude, leia, se aprimore, pratique meditação, busque mais a aceitação, tenha mais gratidão, são alguns meios de buscar mais auto conhecimento. Se conhecer te ajuda a fazer escolhas melhores, ter mais clareza, mais controle das suas emoções e da sua vida, assim você fortalece suas qualidades, aumenta suas capacidades, se torna mais resiliente, potencializa sua coragem, tem mais qualidade de vida e melhora seu bem-estar consigo mesmo.

Arrumar a casa

Arrumar a casa tem a capacidade de proporcionar sentimentos de satisfação, é uma ação que está diretamente ligada ao seu bem-estar emocional, afinal seu lar é reflexo do seu interior.

Arrumar a própria cama quando acorda já fará com que você tenha a sensação de realização, inclusive criar esse hábito ajuda a organizar melhor a mente e torna os pensamentos mais claros e objetivos.

Cuidar dos seus bens materiais também proporciona o sentimento de auto apreciação, pois você está conservando o espaço que é seu e cada item faz parte da sua história.

Se alimente bem

Se alimentar é um hábito e é parte fundamental para a gente, por isso é importante manter uma alimentação saudável. Tudo bem se permitir a comer certas coisas quando dá vontade, mas cuidado com os exageros. Procure incluir frutas, verduras e legumes nas refeições. Aliás, nada de pular refeições! Lembre-se de comer o café da manhã, almoço, jantar e fazer lanchinhos (mais saudáveis possíveis, claro!) entre elas.

Pratique atividade física

Movimentar o corpo traz inúmeros benefícios à saúde mental e física. Um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard,por exemplo, mostrou que apenas 15 minutos de caminhada ao dia já reduzem os riscos de depressão em 26%. Mas, assim como a alimentação, isso precisa ser entendido da melhor forma para não se tornar uma obrigação ou causar frustrações. Encontre uma atividade física que goste e que encaixe no seu dia a dia, não precisa ser musculação ou esporte, o que vale é se manter ativo. Não foque tanto em peso e aparência do corpo, se movimentar de alguma forma vai muito além disso.

Passe mais tempo com quem você ama e melhore suas relações

Estar perto das pessoas que te fazem bem, faz a vida ser mais leve. Você ganha mais força se estiver perto de pessoas que vibram na mesma frequência que você, que te incentivam, te acolhem e te amam. Escolher quem deve manter por perto merece atenção, já que pode fazer bem ou mal para a nossa saúde mental. Um dos melhores caminhos para ser feliz é ter boas relações e conviver com pessoas que despertam em nós sentimentos como amor, empatia, generosidade e confiança.

Tome um banho bem relaxante

Nada como um banho para relaxar o corpo e a mente. Quando estiver se sentindo carregado e ser energia, os banhos energéticos feitos com ervas podem ajudar a renovar as vibrações e boas energias do corpo. Ou ainda, prepare o banheiro com velas perfumadas, use algumas gotinhas de óleo essencial no próprio chuveiro ou coloque uma música relaxante, só cuidado para não perder a noção do tempo, viu? Curta um momento só seu, pare para refletir, cuidar de si, relaxar e ficar em paz.

Aprenda a dizer “não”

Aprenda a dizer “não” para situações ou pessoas. Nem tudo está ao seu alcance e controle, certas coisas você não precisa abraçar. Saiba reconhecer os seus limites e não se deixe esgotar.

Não se compare

Se tem uma armadilha que podemos criar a nós mesmos é a comparação. Vivemos um momento de muita exposição principalmente pela rede social e com certeza fica mais fácil cair no velho conto da “grama do vizinho é mais verde”. Nem tudo que parece é, todo mundo passa por dificuldades diariamente, por isso evite pensar que você não tem a vida perfeita, evite comparar o seu eu trabalho, seu relacionamento, etc, com os de outras pessoas, é um perigo para a nossa auto estima. A comparação também gera julgamento e outros sentimentos negativos, você não ganha nada com ela. Lembre-se, você está onde deveria estar, você é o protagonista da sua vida e cada pessoa é única.

Encontre seu hobby

Descubra ou escolha algo que goste de fazer e pratique. Fazer algo que gosta alivia as tensões e o estresse da rotina, além disso, é um momento dedicado para si mesmo, que é o princípio do auto cuidado, certo? Ter um hobby estimula a criatividade, desenvolve suas habilidades e talento, funciona como válvula de escape, ajuda a ter mais motivação e propósito.

Tire um tempo off

O trabalho, estudo ou tarefas do dia a dia, assim como o excesso nas redes sociais, podem sobrecarregar a mente e não dispor de um tempo em off e sozinho pode causar estresse e ansiedade. Por isso, tire um tempo de tudo isso para desligar a mente, relaxar e se conectar consigo mesmo.

Terapia

Fazer terapia é muito importante pois, através dela, aprendemos a lidar com os nossos sentimentos e emoções, dos mais simples e aceitáveis, aos mais complexos e difíceis de aceitar. A terapia também nos leva ao autoconhecimento, a querer nos cuidar e amar mais, consequentemente desenvolvemos mais empatia e amor pelo próximo também.

Talvez você nunca tenha parado para pensar que temos diversos comportamentos que realizamos e dependemos todos os dias, e esses comportamentos são hábitos. Podem ser bons ou maus, e podem ser conscientes ou inconscientes. Os hábitos são decisões que você toma geralmente sem perceber, e as ações se tornam quase que automáticas. Comportamentos dos mais simples como colocar a pasta de dente na escova, tirar o carro da garagem, conferir se trancou a porta, para muitos acordar e mexer no celular, etc. Cotidianamente fazemos várias coisas no “modo automático”, e isso acontece porque nosso cérebro usa o conhecimento já adquirido para poupar esforço. Pense, quando você começou a dirigir não era tão fácil manobrar o carro para tirar da garagem, gastava energia com isso, mas com o comportamento repetido diariamente se tornou algo fácil, habitual e não demanda mais aquele esforço.

Um estudo da Universidade de Duke, mostra que os hábitos são responsáveis por pelo menos 40% das nossas atitudes diárias. Charles Duhigg, escritor de “O Poder do Hábito" diz que "se deixado por conta própria, o cérebro tentará transformar quase qualquer rotina num hábito, pois os hábitos permitem que nossas mentes desacelerem com mais frequência”. Por isso, quanto menos esforço gastarmos com atitudes e comportamentos básicos, mais energia teremos para realizar o que é importante.

Supondo que você não cria bons hábitos, você acaba perdendo tempo e se torna improdutivo. Entender que é importante criar bons hábitos é fácil, mas para a maioria das pessoas criá-los é um desafio, e mantê-los mais ainda.

Criar um bom hábito demanda tempo e esforço, mas existem dicas de como tornar esse processo mais fácil. E quando alcança esse objetivo, eles são a chave para uma vida mais tranquila, confortável, produtiva e com resultados positivos.

Como criar bons hábitos

Os estudos presentes no livro “O Poder do Hábito” mostram que os hábitos funcionam em loops neurológicos:

Uma deixa ou gatilho, que é a motivação para a ação. Exemplo: deixar a roupa de academia pronta ao lado da cama, pois ao acordar e olhar a roupa já te sugere a realizar ação (ir para a academia).

Rotina, que é a ação praticada em série em busca de uma recompensa. Exemplo: sair de casa e fazer alguma atividade física por 30 minutos.
Recompensa, a gratificação. Exemplo: endorfina liberada no exercício, que gera bem-estar. Com o passar do tempo esse sentimento de gratificação colabora para que o cérebro repita a ação esperando sempre por determinado resultado.

Reflita sobre o seu dia a dia e trace um objetivo

Primeiro, identificar qual é o seu loop neurológico (deixa, rotina e recompensa) é essencial para mudar ou criar bons hábitos. Identificando seu padrão de comportamento fica mais fácil evitar os gatilhos que são prejudiciais e moldar a criação de novos e bons hábitos.

Feito isso, trace um objetivo. Comece por pequenos objetivos diários, eles vão te ajudar a ter mais disciplina e determinação. Gradativamente você vai aumentar a dificuldade e alcançar objetivos maiores. Digamos que você quer correr uma meia maratona de 21km, você não vai conseguir correr uma no seu primeiro dia de treino, haverá todo um processo gradativo para alcançar o objetivo final. Além disso, seja especifico na hora de colocar metas, por exemplo, ao invés de se comprometer com a frase “vou ler um livro por mês”, prefira “vou ler 20 páginas por dia“, ou defina em tempo “vou ler 30 minutos por dia". Quanto mais específico mais fácil de incorporar o objetivo na sua rotina até que ele se torne um hábito.

Curta o processo

Como dissemos, criar um hábito precisa de tempo e esforço. Você já deve ter ouvido falar que o ser humano precisa de 21 dias para se adaptar à algo novo ou para uma ação executada constantemente se tornar um hábito, mas a University College de Londres comprovou através de uma série de estudos que na realidade, são necessários em média, 66 dias para criar um novo hábito em nossa rotina. Portanto não torne o processo mais difícil idealizando e pensando só no objetivo final. Muitas vezes você não vê os resultados rapidamente ou ainda acaba “fraquejando”, e isso pode desmotivar. Por isso, curta o processo. Não se cobre tanto, nem romantize tudo, siga cumprindo passo a passo da melhor forma até chegar aonde quer.

Pequenas metas até o objetivo final

Para manter a determinação, uma boa ideia é dividir o caminho em etapas, e comemorar cada passo a mais e a conquista das pequenas vitórias. Devemos balancear esse grande objetivo, com pequenos passos. Planejar e cumprir pequenas metas ajuda muito a alcançar o objetivo final com mais sucesso. Construir uma casa pode ser difícil, mas tijolo por tijolo ela é construída. Você colocando um tijolo já se sentirá em direção a construção da casa. Outro exemplo, correr 20 minutos por dia para alcançar o seu objetivo de correr a meia maratona. Quando você finaliza uma tarefa, por menor que seja, mas que faz parte de um grande objetivo, o sentimento é de conquista (lembra da recompensa, né?), movimento e sucesso. Esses sentimentos adquiridos através da realização das pequenas metas são combustíveis para chegar no seu objetivo final mais facilmente, com melhor desempenho e resultados.

Esforço e recompensa

Nosso cérebro funciona no esquema esforço X recompensa. Quando nos esforçamos e alcançamos aquilo que estávamos buscando, sentimos a necessidade de receber recompensa por isso e isso pode ser bom e ruim. Caso alcance um objetivo, tudo bem se dar algo como recompensa, mas é preciso cuidado para não sabotar o novo hábito. Mas como assim? Por exemplo, se você se comprometeu e conseguiu acordar às 7h da manhã e fazer 30 minutos de exercício todos os dias durante uma semana, não caia na cilada de se dar de recompensa um dia longe do novo hábito e estragar o processo. Não se dê como recompensa acordar às 8h porque conseguiu cumprir a meta das 7h da manhã ou se dar de presente aquele tênis que estava namorando. Na verdade a recompensa já está sendo dada, que é a endorfina liberada pelo exercício, que gera uma sensação boa, de leveza e dever cumprido ao mesmo tempo, e que vai influenciar diretamente na sua vida, no seu bem-estar físico e psicológico inclusive a longo prazo se você persistir no seu objetivo. É o tipo de recompensa positiva e com certeza vale mais à pena.

Mantenha o hábito

A partir da constância e esforço, os hábitos são criados. Não desista! Se no começo do processo tudo parece mais difícil e quase um sacrifício, logo se tornará algo habitual e seu.

Veja também