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Manchas na pele: tipos, cuidados, prevenção e tratamentos by Camile Maes

Nossa pele é o maior órgão do corpo humano e ao longo do tempo pode sofrer alterações e desequilíbrios que levam à formação de manchas e lesões. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil. Por isso, é importante ficar atento, saber identificar os tipos de manchas e investir em prevenção e cuidados constantes.

No geral, as manchas são qualquer alteração na cor da pele, mas as mais comuns são as hipercromias, que são as manchas escuras em cor amarronzada, entre elas temos nomeadas o melasma, melanose solar ou senil, sardas e hiperpigmentação pós inflamatória. Durante a vida, os melanócitos que são responsáveis pela produção de melanina, podem sofrer por alguns desequilíbrios ligados à fatores genéticos, hormonais, hábitos de vida, estresse, exposição solar, ao envelhecimento, entre outros, os quais desencadeiam a alteração da coloração e desenvolvimento das manchas.

Além desse tipo de mancha, existem as hipocromias, que são caracterizadas pela falta de pigmentação, manchas claras, como o vitiligo, e são mais difíceis de tratar. Temos ainda as manchas vermelhas, do tipo lesão vascular, como a rosácea, essa geralmente está ligada a fatores genéticos.

O grau da mancha, a profundidade, aspecto, cor, etc, são características avaliadas em consulta, onde se utiliza a Lâmpada de Wood, um equipamento que permite visualizar com mais segurança e clareza o tipo de lesão que será tratada e auxilia na definição do tratamento que será feito. Infelizmente não existe cura para as manchas, mas é possível através de cuidados e dos tratamentos, controlar a inflamação, pigmentação, suavizar o escurecimento, diminuir a lesão e o tamanho da mancha. Os tratamentos têm resultados satisfatórios, bem como devem ser contínuos, uma vez que as manchas podem sofrer alterações e voltar a aparecer.

A prevenção para esses casos se torna ainda mais importante! Entre os principais meios de evitar o aparecimento ou ao menos controlar a grande maioria das manchas, principalmente as escuras, estão a proteção solar (uso do filtro solar), cuidados pessoais, hábitos de vida e o uso de produtos como os antioxidantes.

Nesse post falaremos um pouco sobre tipos de manchas mais comuns, as regiões do corpo que aparecem, cuidados pessoais e tratamentos.
Vale ressaltar que para manchas, é sempre recomendado prevenir e tratar, do que “agredir".

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Melanoses solares ou Manchas senis - Manchas causadas pelo sol

Esse tipo de mancha tem maior ocorrência em pessoas com a pele clara ou morena, após 40 anos, mas também podem aparecer em pessoas mais jovens. As melanoses são causadas principalmente pelo excesso de exposição solar sem uso de proteção e costumam aparecer com o passar do tempo, os efeitos acumulados causados pelo sol levam ao aumento da produção de melanócitos e consequentemente da melanina, desencadeando o aparecimento da mancha. A coloração das manchas varia de castanho claro e escuro e elas medem alguns milímetros. As partes mais afetadas são as mãos, rosto, braços e pescoço.

Como tratar?

O principal cuidado para esse caso é prevenir, utilizar protetor solar e evitar exposição solar das 10h às 16h. É possível tratar as melanoses com Peeling Químico, como o retinóico e glicólico, microagulhamento + Drug Delivery (ativos), alguns tipos de Laser e Luz Intensa Pulsada. Além disso, utilizar produtos clareadores e antioxidantes, vitamina C, vitanol A, ácido tranexâmico, entre outros.

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Melasma

O melasma é uma condição que se caracteriza por manchas escuras (hiperpigmentação) que aparecem mais comumente na face. Surge devido à uma reação negativa dos melanócitos diante de fatores como exposição solar, uso prolongado de anticoncepcionais, tem participação genética e está intimamente ligado a fatores hormonais, principalmente à gravidez e menopausa. As alterações hormonais levam a um desequilíbrio e os melanócitos acabam por produzir melanina em excesso, aumentando a pigmentação da pele.

Como tratar?

O tratamento do melasma compreende as orientações de proteção contra raios ultravioleta e à luz visível, os cuidados devem ser redobrados nesse caso. É sempre previsto um conjunto de medidas para clarear, suavizar e controlar a pigmentação. O tratar o melasma é mais complexo, pois além do grau de sensibilidade, a mancha pode ser superficial ou profunda, e quanto mais profunda mais difícil o tratamento. Não devem ser feitos procedimentos que “agridam” ou que possam promover uma reação inflamatória, pois esse tipo de reação pode gerar uma resposta negativa e agravar o escurecimento da mancha. O ideal é tratar de forma mais sutil e segura com Peelings superficiais, como o retinóico, mandélico, kójico e tranexâmico, alinhado a bons produtos home-care. Dependendo da profundidade, do aspecto, e outros fatores, em alguns casos pode ser feito o microagulhamento com dermaroller de agulha 0,25 ou 0,5, que são as menores e geram menos trauma, mas exige cautela. O procedimento pode associar ativos despigmentantes/clareadores (drug delivery), sendo o dermaroller utilizado apenas para aumentar a permeação dos ativos e potencializar seus efeitos. Cada caso deve ser estudado individualmente.

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Efélides (sardas)

As sardas são pequenas manchas, geralmente arredondadas ou geométricas e de cor castanho claro a escuro. Incidem em pessoas de pele bem clara e possuem uma significativa predisposição genética. No geral não são perigosas, mas podem sugerir que a pessoa está se expondo muito ao sol sem proteção solar, por isso também ficam mais aparentes no verão. Estão concentradas em como rosto, braços, colo e pescoço, mas também podem estar presentes pelo corpo todo. Antigamente as sardas poderiam ser considerado como uma disfunção estética e muita gente não se sentia confortável com elas, mas atualmente já não é mais algo que incomode a maioria das pessoas que as tem e já é visto como um “charme”.

Como tratar?

Mesmo tendo um nível maior de aceitação entre os outros tipos de manchas, as efélides podem ser suavizadas e tratadas se forem motivo de incômodo para quem as possui. As sardas tendem a ficar quase imperceptíveis quando a exposição solar é evitada e o tratamento inclui o uso de ativos despigmentantes associados a alguns tipos de ácidos. Peelings e Luz Pulsada podem ajudar a suavizar também. Casos mais leves podem utilizar apenas cremes com ativos clareadores, como a vitamina C.

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Hiperpigmentação pós inflamatória

Como o nome já diz, esse tipo de mancha acontece quando há uma hiperpigmentação como resposta à uma inflamação, trauma cutâneo ou cicatrização de uma lesão que pode ter sido causada por acne, dermatite, psoríase, ou por algum tipo de lesão como um machucado, dermoabrasão, Laser e peelings químicos, geralmente os tipos mais profundos ou em concentração elevada, quando ocorre uma sensibilização ou ainda quando a pele é exposta ao sol precocemente e de forma desprotegida pós procedimento. Podem variar em tons de rosa, vermelho, marrom ou preto, dependendo do tom da pele, o tipo e a profundidade da mancha. Todos os fototipos cutâneos podem apresentar esse tipo de reação, mas quanto mais alto for o fototipo, maior a propensão a desenvolve-la.

Como tratar?

Para tratar esse tipo de mancha, inicialmente estuda-se a causa da mancha, quando determinado a causa em alguns casos é possível tratar com peelings químicos em concentração adequada e baixa, peeling enzimático (que possuem princípios ativos naturais) e que são indicados para regiões mais quentes e a laserterapia, podem ajudar a reduzir a hiperpigmentação. Normalmente, também consiste na utilização de agentes tópicos despigmentantes e o uso do filtro solar.

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Rosácea

A rosácea tem uma visível predisposição genética, mas a causa da doença ainda é desconhecida e possui períodos de crise e outros de melhora. A lesão se dá pela decorrência de um processo inflamatório associado a uma alteração vascular e pode possuir graus variados. Geralmente os períodos de crises aparecem em reação à algum estresse ou “gatilho“ como ao ingerir bebidas e comidas quentes, bebidas alcoólicas, alimentos picantes, exposição climática (frio e calor), etc. A condição causa manchas vermelhas na região do rosto, e é mais incidente em mulheres acima dos 30 anos com peles e olhos mais claros.

Como tratar?

O tratamento consiste em controlar e diminuir a inflamação da lesão, alguns caso antibióticos podem ser administrados. Em casa, é interessante utilizar produtos calmantes, para peles sensíveis e não irritantes, geralmente os naturais, como ceramidas, camomila, pantenol e prebióticos. A água termal e protetor solar são bons aliados. Em consultório pode ser feito sessões de Luz Pulsada e Lasers que reduzem a inflamação pela ação vasoconstritora - que diminui o calibre dos vasos.

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Vitiligo - Hipocromia (Mancha branca)

Vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da do pigmento, ou seja, da coloração da pele. Essa perda se dá devido à diminuição ou à ausência de melanócitos, que produzem a melanina que dá cor à pele. Assim, surgem manchas brancas que podem ter tamanhos variados.

Como tratar?

O vitiligo é uma condição de difícil tratamento, e varia de acordo ao quadro clínico de cada paciente. Sendo sempre necessário o acompanhamento de um médico.

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Nevos

Mancha conhecida como pinta ou sinal. Essas manchas podem ser observadas no momento do nascimento, ou ainda adquiridas durante da vida. Geralmente, estão em áreas mais expostas ao sol e tem caráter benigno, não necessita de tratamento, mas é sempre importante acompanhar e dar atenção caso observe alguma alteração de cor, formato, etc.

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Melanoma

O melanoma trata-se do câncer de pele mais agressivo, e 1/3 dos melanomas são originários de um nevo (pinta) pré-existente, por isso a importância de se manter atento aos nevos e cuidar com a proteção e exposição solar. Para identificar um melanoma segue-se uma lista de características a serem relatadas: é assimétrica? Tem bordas irregulares? Tem mais de uma cor? É maior que 6 milímetros? Tem evolução na mancha, como coceira, sangramento? Se a resposta for sim para essas questões, é necessário procurar um médico.

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5 dicas para aumentar sua imunidade e fortalecer seu organismo by Camile Maes

Nesse momento diante a pandemia do COVID-19, é necessário investir em cuidados que dão um “up” na nossa saúde e que aumentam nossa imunidade de maneira eficaz. Em tempos de crise, nosso corpo recebe e reage à diversos estímulos que afetam a saúde física e emocional, como estresse, ansiedade, cansaço, sono desregulado, má alimentação, entre outros fatores que enfraquecem o nosso organismo e sistema imunológico

Por isso, separamos 5 dicas para aumentar a sua imunidade e fortalecer seu organismo. Confira!

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Tenha uma alimentação rica em alimentos com ação protetora e beba água

Os nutrientes que melhoram os mecanismos de defesa do nosso organismo são a vitamina A, E, C e D, omega 3, minerais como zinco, ferro e selênio. Todos são nutrientes que protegem o nosso organismo contra agentes infecciosos, auxiliam no combate às infecções, aumentam produção de anticorpos e fortalecem as células de defesa. Além deles, também é importante buscar alimentos que fortaleçam a microbiota, como iogurtes que possuem lactobacilos. O gengibre também é fundamental para fortalecer nossa imunidade, ele possui gingerol, um composto próprio que tem efeito contra o crescimento de bactérias e vírus no trato respiratório e aumenta a imunidade.

E lembre-se de beber muita água! Hidratar o corpo adequadamente pode diminuir em até 80% os riscos de contágio e desenvolvimento de complicações causadas pela gripe e outras infecções.

Quais alimentos devo consumir?

  • Vegetais verde-escuros como espinafre, couve, agrião - Vitamina A, Ferro, Zinco, Selênio

  • Castanhas, gergelim, amêndoas, nozes, linhaça - Vitamina E

  • Frutas como laranja, kiwi, limão, morango - Vitamina C

  • Chia, cereais, iogurte, peixes (salmão, atum), cogumelos, ovos, - Vitamina D e omega 3

  • Leguminosas (feijão, lentilha), cereais integrais (aveia, quinoa), semente de girassol, alho, vegetais - Ferro, Zinco e Selênio.

DICAS DE OURO

Shot de limão pela manhã

  • Tomar um shot com 1/2 limão espremido pela manhã (de preferência em jejum), melhora a atividade intestinal, que está diretamente ligada ao sistema imunológico. Torna mais eficaz a eliminação de resíduos e substâncias nocivas ao organismo e aumenta a absorção e reabsorção de nutrientes.

  • Para dar mais um “up” ao seu shot da imunidade, você pode colocar 15 gotas de própolis.

Sucos e vitaminas

  • Cenoura com laranja

  • Suco verde de couve, gengibre e limão.

Evite estresse. Mas como?

Procure praticar atividades físicas, alongamento, yoga, relaxamento ou treinos. Os exercícios físicos regulam a liberação dos hormônios corticoesteroides, e estes aumentam quando temos níveis de estresse e ansiedade também elevados, os quais são comportamentos comuns diante de uma crise.

Práticas de meditação e alongamento, promovem equilíbrio mental e físico, melhoram resistência e aumentam a concentração e a imunidade.

Procure dormir bem

O sono é um dos principais fatores que interferem na nossa saúde física e emocional. Dormir pouco ou mal, pode aumentar os níveis de estresse e portanto enfraquecem o sistema imunológico. Procure dormir de 7 a 8h por noite e descansar o máximo possível seu corpo e a mente. Se desligue das redes sociais, televisão ou outras distrações pelo menos 30 minutos antes do horário que planeja dormir. Tomar chás, se alongar e focar na respiração, são meios que também relaxam o corpo e permitem entrar em sono profundo mais facilmente.

+ Vitamina D

Entre muitos benefícios, alguns estudos recentes mostraram que a Vitamina D tem ação importante no fortalecimento do sistema imunológico e no combate a infecções do trato respiratório, e por isso tem sido indicado que de alguma forma as pessoas procurem intensificar a produção da Vitamina D no organismo nesse momento. Para isso, uma das melhores formas de aumentar essa produção, é tomar sol. Seja na sacada, na varanda, no jardim ou em um cantinho da casa, tome sol por 15 minutos diariamente, entre 10h e 15h que é o horário indicado para obter os benefícios dos raios UV e de forma que a maior parte do corpo esteja exposta, ou pelo menos pernas e braços. Alguns alimentos também são ricos em Vitamina D, como leite, peixes (salmão e atum) e cereais.

Evite exageros

Evitar exageros inclui-se também os de alimentação, como açúcar e gordura. Outros como o excesso de álcool, cigarros, noites sem dormir e redes sociais também devem ser evitados. O corpo quando em estado de “vício” tende a responder negativamente em qualquer frente, seja física ou emocional. Portanto, ao enfraquecer nosso organismo, temos cansaço, irritabilidade, estresse, indisposição e desânimo, assim consequentemente afeta o funcionamento do sistema imunológico.